12 dezembro 2005

Tocadores de MP3

Estava resistindo a falar sobre os quase miraculosos tocadores de MP3, afinal praticamente tudo já foi dito sobre eles. Dominando o mercado o onipresente iPod da Apple, em suas variadas versões e modelos, com alguns modelos mais novos que tocam vídeo, sobrando para os outros fabricantes o que o iPod ainda não conseguiu abocanhar.

Mas o que faltou falar ?

Faltou falar que, embora o sonho de consumo seja o iPod, ele não é a palavra final sobre um tocador de MP3; a começar pelo preço, nem sempre acessível, ainda mais em terras tupiniquins; passando pela necessidade de se instalar o iTunes, software que gerencia, converte e transfere as músicas de/para o iPod, limitando em alguns casos esta transferência; e chegando aos acessórios, que segundo li e ouvi na internet, diminuem de quantidade a cada novo modelo.

Também se esquece (ou finge-se não saber) que o iPod não tem receptor de FM, alguns modelos não gravam voz, a bateria embutida não é facilmente substituível, embora seja de excelente qualidade e em raras ocasiões ele trava, obrigando a um reset.

Isto não desmerece o sucesso do iPod, muito menos o da Apple; pelo contrário, algumas pessoas poderiam perguntar porque precisam de um receptor de FM ou um gravador de voz e quem sou eu para ditar o que é ou não é essencial nesta classe de aparelho.

Mas existem outros tocadores de MP3 que, além de fazerem o básico que é reproduzir mp3 e outros formatos de aúdio, ainda tem receptor de FM, gravador de voz, utilizam pilhas normais ou recarregáveis (facilmente achadas no Brasil), não precisam de softwares para a transferência e gerenciamento de arquivos (o equipamento comporta-se como um drive removível no PC do usuário) e que ainda são menores que o iPod.

Um desses pequenos milagres é o SDMX1, da Sandisk. O concorrente direto dele na linha iPod seria o Shuffle que vem com 512 MB ou 1024 MB de armazenamento; o SDMX1 vem em tres versões, a de 256 MB, a de 512 MB e a de 1024 MB.

Mesmo não tendo um design limpo, faz tudo que o Shuffle faz, e de quebra tem os diferenciais que citei acima, inclusive um pequeno display de LCD com informações precisas sobre o que se está escutando, coisa que o Shuffle não tem, com preço mais baixo.

Se a beleza ou o nome iPod falaram mais alto, não tenho nada a reclamar; mas lembre-se que existem alternativas ao logotipo da maçã.

24 outubro 2005

NÃO!

Foi que dissemos ao Brasil, NÃO! NÃO a uma sociedade sem armas, NÃO à possibilidade de menos mortes por arma de fogo, NÃO à proibição de venda de armas; este sonoro NÃO reflete o pensamento individualista de cada um de nós, tomando para nós tarefa delegada nos termos da lei ao Estado. Como se com este NÃO estivéssemos dizendo também NÃO às atrocidades dos bandidos e seqüestradores, NÃO à insegurança, NÃO à violência... se fosse simples assim.

A proibição da venda de armas de fogo não iria solucionar os problemas apontados, mas seria apenas o primeiro passo neste sentido. Primeiro passo que agora fica mais difícil de ser dado, posto que a população foi consultada e optou pelo NÃO. Não pensamos que com este NÃO, dissemos SIM à mais armas vendidas de modo legal, o que aumenta as possibilidades de caírem em mãos erradas; dissemos SIM para o pensamento de faroeste que impera nos EUA, onde o "direito" de comprar, armazenar e usar uma arma de fogo está rapidamente transformando-se em um grande problema nacional. Finalmente, dissemos SIM para a força bruta, para a lei da selva, para a ignorância, para a falta de diálogo.

Quem tem que ter arma de fogo é a polícia, que só deveria utiliza-lá com parcimônia e critério; bandido, traficante e seqüestrador, uma vez identificados, cadeia neles.

Como pode a polícia distingüir rápidamente o cidadão de bem, armado em defesa própria, do bandido ? Pelo barulho dos tiros ? Pelo local do confronto ? Pela cor da pele ? Não há modo rápido, não há resposta segura; o mehor é o cidadão andar desarmado e a polícia fazer o seu trabalho.


18 outubro 2005

WiMAX e o Brasil

Tenho lido muitas notícias sobre esta nova tecnologia da Intel, sobre como vai revolucionar o modelo de navegação, estrutura de preços, promovendo cidadania e inclusão digital; o que me preocupa não é a viabilidade técnica e sim quando ela estará disponível para nós brasileiros.

Outras tecnologias já bem difundidas no exterior, como ADSL e Wi-Fi, andam a passos de tartaruga aqui, devido a problemas variados como regulamentações governamentais e carga de impostos leonina, só para citar dois; não há um modelo estabilizado para a oferta de serviços e a agência reguladora só faz criar entraves ao processo.

Enquanto isso, em São Francisco, EUA, o Google está propondo uma rede Wi-Fi grátis a todos os habitantes e já há boatos de que esta oferta estenderia-se a todo os EUA.

Se não temos nem ADSL e Wi-Fi com preço justo e qualidade, quando será que teremos o WiMAX ? Algumas operadoras já estão em testes, mas ainda são apenas testes; e o que haverá após a regulamentação do novo mercado do WiMAX ? Canabalização entre ADSL, Wi-Fi e WiMAX ? Ou o preço será tão estratosférico que será impossível usar sem ser sócio de uma operadora ?

O futuro o dirá.

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"Uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa..."
Canteiro de rosas do Roselanche em Barbacena - MG Posted by Picasa

Foto aleatória


De passagem por Congonhas do Campo - MG Posted by Picasa

19 junho 2005

ratDVD

Já se foi o tempo no qual a expressão "a rated DVD" poderia ser traduzida livremente por "um DVD revisto e classificado por críticos". Graças a um novo formato de compressão de filmes que está sendo usado com cada vez maior freqüência, o ratDVD, a mesma expressão poderia ser traduzida por "um DVD altamente comprimido".

Segundo o autor, tanto o novo formato, quanto o codec utilizados formam desenvolvidos do zero, "com umas poucas inspirações nos formatos MPEG2 e H.264", e permitem comprimir um DVD inteiro com extras, ângulos, trilhas de áudio, subtítulos e informações adicionais de gênero, atores, etc. em um arquivo único com tamanho entre 0.7 e 3 GBytes, com pouquíssima perda na qualidade de som e vídeo, podendo reconvertê-lo ao formato original para permitir a gravação em um DVD gravável de simples ou dupla camada, permitindo ainda ser reproduzido no PC usando um tocador de DVD qualquer.

Vale lembrar que um DVD típico contém normalmente de 6 a 8 GBytes de dados; com DVDs compactados em um arquivo tão pequeno, fica claro que as possibilidade de armazenamento e transferência de DVD via internet aumentam sensivelmente, mas quando perguntado sobre assunto, o autor disse que "o programa não foi criado para burlar os direitos autorais, mas óbviamente pode ser usado para isso, é uma decisão pessoal de quem o usa". O programa não quebra a proteção CSS, usada para proteger com criptografia o conteúdo dos DVDs comerciais.

Com propriedades tão controversas, era inevitável que o programa não chamasse a atenção da mídia. O site Cnet.com publicou um artigo no qual externa a preocupação de Hollywood e da MPAA com a ameaça do novo formato à industria de filmes.

O formato ainda está em versão beta, demora uma eternidade para comprimir um DVD e só funciona bem em computadores rápidos (> 2 GHz), mas como em informática seis meses são uma eternidade, pode ser que formatos como o Divx estejam com os dias contados...

E antes que me perguntem, sim, o ratDVD é grátis, tem componentes licenciados sob a GPL, mas o código fonte principal ainda não é aberto/open source.


18 junho 2005

Passeio na Ceasa

Fui hoje de manhã na Ceasa, em parte para dar uma olhada no que tinha para vender, em parte para passear. São impressionantes as coisas que se encontram lá: bacon de soja, docinhos de banana passa ao chocolate, pimentas variadas, grãos e farinhas as mais diversas, produtos do campo e da fazenda em geral. Nunca havia ouvido falar de bacon de soja; aparentemente é feito com uma mistura de farelo de soja e temperos, quando se prova lembra vagamente um bacon tostado. Vende-se como tempero, assim como o orégano e a pimenta branca.

O mais engraçado foi quando estava olhando uma banca, com diversos produtos de origem animal e vi cartelas e mais cartelas com ovos de galinha; aproximei-me e perguntei o preço. "Sete reais a cartela", disse a simpática vendedora. Como o preço estava um pouco acima da média, resolvi perguntar se eram ovos caipiras, embora não tivessem a mínima aparência de ser. - "Sim, são caipiras!", disse a vendedora, com uma ponta de orgulho. - "mas eles são bem grandinhos, e estão bem limpinhos...", retruquei. Explico-me: normalmente, os ovos caipiras são colocados por galinhas criadas soltas nos terreiros das fazendas do interior, normalmente as poedeiras são pequenas, franzinas e comem de tudo, o que normalmente as fazem colocar um ovo que além de delicioso, é muito mais nutritivo que os das galinhas de granja. Os ovos caipiras em geral são menores que os de granja, a cor da casca varia enormemente, desde um cor de rosa quase branco a um vermelho amarronzado escuro, a consistência da clara é bem maior e gema é de um amarelo forte; geralmente são criadas poucas galinhas e como a procura é grande, o preço normalmente é um pouco maior do que os ovos de granja, produzidos industrialmente.

A vendedora então me disse: "os ovos são maiores por que cuidamos pessoalmente das galinhas, de sua comida, de sua água e de tudo o mais" e me mostrou algumas fotos da fazenda, onde são criadas, segundo ela, em torno de oito mil galinhas. "Os ovos são lavados um a um, por isso não tem sujeira na casca, como se encontra em alguns ovos caipiras. São trazidos semanalmente de uma cidade chamada Paracatu, aproximadamente 220 km de distância de Brasília. O milho que as galinhas comem é plantado no local, por pessoal próprio. A clara não é aguada por que as galinhas não recebem hormônio para crescer mais rápidamente, como nas granjas, evitando que o animal beba água em excesso, devido a sede provocada pelo hormônio". Uma dedicação a excelência do produto raramente encontrada hoje.

Saí achando que os R$ 7 eram poucos por tanto trabalho, e levei uma cartela para experimentar o resultado de tal dedicação.

27 maio 2005

A força de uma marca

Ontem fui assistir Star Wars III; certo, voce está saturado de ouvir falar no filme, não quer ler mais nada sobre a saga, etc. Mas não vou falar sobre o filme, para isso existem numerosos sites. O importante aqui é a força da marca, aquilo que os marqueteiros de plantão gostam tanto de enfatizar quando criam suas peças publicitárias. Sem o apelo da marca, uma empresa e seus produtos não seriam lembrados pelo consumidor de modo recorrente, como também não haveria a vinculação de um produto ao seu fabricante e a outras referências como qualidade e confiabilidade.

A força da marca impõe-se quando ao vê-la, não se pensa mais se o que está se adqurindo/consumindo realmente preenche as necessidades; quando ela (a marca) vira certeza de uma satisfação garantida; quando não necessidade de mais argumentos do vendedor para a realização da venda; quando o que importa é mais a embalagem do que o conteúdo; quando consumi-la trás status.

Os marqueteiros sabem disso e não poupam esforços para valorizar uma marca e depreciar a do concorrente; assim, os consumidores ficam a mercê de um mercado insano, em que todos apelam para os seus produtos garantidos por suas marcas preferidas, prometem a voce que terá tudo que sempre necessitou se comprar a marca correta. E os consumidores, perdidos nesse mar de informação e contra-informação, aderem a esta ou outra corrente sem saber muito bem porque aderiram.

É um fenômeno interessante de se ver, cria-se uma manada de pessoas que "elegem" um produto e/ou marca e a consomem sempre, sem ao menos raciocinar lógicamente ou questionar esta "sua" decisão; "escolhi porque o meu amigo tem", "a empresa me deu um brinde quando comprei", "perguntei para o sabe-tudo e ele disse que era bom", "é importado", são algumas das justificativas dadas para a escolha. E, quando são apresentadas justificativas técnicas para não se comprar/consumir o produto, a manada inflama-se e defende até o último gesto e opinião que a sua escolha é a correta.

O que poderia ser feito para não entrar na manada ? Não há resposta definitiva, mas um bom início seria formar juízo próprio sobre o que se está consumindo, averiguando fontes de várias camadas sócio/econômicas, tomando notas sobre experiências positivas/negativas, comparando opções e facilidades e, acima de tudo, desconfiando da propaganda oficial do produto/marca. O que o concorrente tem a dizer ? Como o produto de outra empresa mantem-se no mercado ? O que é bom para uma pessoa pode não ser bom para outra...

E porque fui assistir Star Wars III, se já sabia da estória até o final ? Oras, voce não leu o texto todo ? :-)

22 maio 2005

Foto aleatória


Por de sol na Rio-Brasília
Posted by Hello

A casa das mil portas

Andando pela net, achei no blog carreirasolo um link para um projeto no mínimo interessante: em a casa das mil portas, é possível ler vários microcontos escritos por blogueiros brasileiros e portugueses, com no máximo 50 letras; isso mesmo, 50 letras. Isso me lembrou as conversas que Isaac Asimov tinha com os leitores nos seus livros de contos, nas quais ele detalhava as exigências dos editores para uma estória de 4000, 10000 ou mais palavras e me recordo de que um de seus desafios foi escrever um conto com no máximo 500 palavras. Mas um conto com no máximo 50 letras, nunca havia visto.

20 maio 2005

Mais em menos

A indústria de armazenamento de dados vem se esmerando num processo antigo, da compactação das mídias de armazenamento, sejam elas magnéticas, ópticas ou outras. Não é novidade para ninguém que o que hoje não cabe em uma mída muito provavelmente caberá daqui a um ano. Mas o que assusta, além da velocidade do processo, é o preço, que vem caindo ao ponto de não compensar mais economizar uns reais na hora da compra de um modelo com maior capacidade; um winchester típico hoje não tem menos de 40 GB, a R$ 239 e um de 80 GB custa R$ 250. Note bem que são 100% a mais de armazenamento, por R$ 11 a mais!

Este fenômeno, já bem conhecido de todos que de um modo ou outro se envolve com a dinâmica do mercado, está gerando um círculo virtuoso no qual além do preço cair e do armazenamento aumentar, o tamanho físico dos dispositivos está diminuindo; estamos assistindo de camarote a "invasão" dos pen-drives e dos discos portáveis, alimentados pelas portas USB. Não é raro encontrar-se hoje em dia pen-drive de 1 GB pendurados nos pescoços da maioria dos hardusers, como também é cada vez mais comum vermos o sujeito tirar do bolso da camisa o que a primeira vista parece um tablete de chocolate, mas com o uso revela-se um HD portátil de 40 GB.

Nesta última classe de dispositivos, o novo tamanho padrão caiu de 2.5 para 1.8 polegadas, mantendo-se as capacidades mínimas de armazenamento e velocidade, permitindo ainda maior mobilidade e economia, além de menor peso. Os dispositivos de 1 polegada já são uma realidade, com espaço de armazenamento um pouco acanhadas por enquanto, mas que são verdadeiras maravilhas de engenharia, impulsionados pelo imenso mercado de players de mp3, câmeras fotográficas e de vídeo, celulares e portáteis diversos.

Como estas tecnologias irão evoluir, ninguém sabe; mas se tendências revelam algo, podemos apostar que em um futuro próximo as tecnologias de armazenamento magnético e flash irão integrar-se em um mesmo dispositivo, aliando a grande capacidade de armazenamento dos discos magnéticos com o baixo consumo e alta velocidade das memórias flash, colocando assim duas excelentes tecnologias para trabalhar em favor do usuário.

16 maio 2005

Macarrão

Estou saboreando neste exato momento, um macarrão com molho de tomate e queijo derretido, delicioso! Uma receita simples, rápida e fácil de fazer, que rende momentos saborosos. Os chineses e depois os italianos, sabiam muito bem o que faziam quando inventaram o macarrão e o molho de tomates.

ADSL x Linha Discada

Não é preciso muita pesquisa de preços para ficar claro que, nas grandes cidades, o acesso ADSL está bem difundido e relativamente barato em relação ao acesso discado; para aqueles que podem pagar um pouco mais (na faixa de R$ 50 por mes), vale e muito uma conexão ADSL. Conexão permanente, banda de dados (quase) garantida, nenhum sinal de ocupado. As desvantagens da linha discada são bem conhecidas de todos: lentidão no acesso, custo alto por hora, quedas da conexão, etc.

Mas para muita gente boa, que não está na área de atendimento das operadoras, não há saída a não ser a linha discada. Mesmo nos grandes centros urbanos ainda é relativamente comum existirem áreas não atendidas, pois só é possível prestar um serviço de qualidade até um raio de alcance pré-determinado e que varia em função da velocidade de acesso, nível de ruído, política da operadora e outros itens técnicos. Em regiões pequenas ou rurais, então nem se fala, ADSL ainda é um sonho distante. Isso quando há linha discada e computador para ser usado. Mas isso é assunto para outro post.

De qualquer modo, ADSL vem batendo recordes de adesão ano após ano, provando que é uma tecnologia que veio para ficar - ou não ?

Bem, o futuro e o WiMAX vão dizer.

Livro de cabeceira

Também estou lendo "Espártaco", de Howard Fast. Começando por uma cena particulamente desconcertante de 6000 crucifixados ao longo da via Ápia, o autor desenvolve a estória expondo os interrelacionamentos entre as classes conflitantes: a nobreza, os livres e os escravos, seus pensamentos e valores, seus medos e esperanças e mostra como Roma estendeu o seu império ao mundo conhecido na época, estabelecendo assim a Pax Romana, subjugando e impondo a sua lei.

Qualquer semelhança com o mundo globalizado de hoje não é mera conicidência.

O que nos ensina e faz refletir nos nossos valores atuais, pois alguém já disse que "quem não aprende com a história está fadado a repeti-la".

Quando o barato é mais... barato.

Fui ontem comprar uma lata de cêra para automóvel e depois de olhar os preços, marcas e quantidades, não entendi o que estava vendo: uma promoção na qual voce leva uma lata de cêra com 10% a mais por R$ 0,40 menos. Procurei em vão por uma armadilha, verifiquei o tipo da cêra, o nome, se não havia nenhuma condição para a compra, etc. e realmente não havia; tudo que tinha a fazer era pegar a lata com mais cêra e pagar mais barato!

O consumidor normalmente desconfia de coisas muito boas; não sou diferente. Mas neste caso, realmente o produto era o anuciado, sem problemas de data de validade, nenhuma alteração na consistência ou efeito esperado.

Mas depois de comprar e usar o produto, ficou a dúvida: como o supermercado vai vender as latas de cêra normais, sem o acréscimo de conteúdo e com preço mais caro ?

14 maio 2005

Intervalo chato

Sábado, sento em frente a TV para ver os episódios das minhas séries favoritas; mas a cada intervalo comercial, sempre tem aquela propaganda do sutiã mágico, do grill que vai revolucionar a sua cozinha, do aparelho de ginástica com 200 exercícios diferentes, da fabulosa dieta que vai fazer voce emagrecer 4 Kg em dois dias. Eu não aguento mais! Será que alguém realmente acredita nessas propagandas ?

Se ao menos mudassem o formato da propaganda, os locutores, encurtassem para 10 segundos cada, consegueria ver sem maiores reclamações, afinal todos tem que viver; mas a ladainha não muda, o conteúdo é repetido à exaustão 8 a 10 vezes cada, durante a toda a tarde. Mas espere! Não basta repetir e repetir; o som aumenta, é um choque auditivo feito propositalmente para "prender" a atenção do telespectador. E se voce ligar agora, podera levar também um exclusivo brinde, a chance de ver em canais por assinatura (que nós pagamos) publicidade vulgar que não pedimos!

Depois se assustam quando os brasileiros ganham prêmios e mais prêmios de marketing, tanto aqui como no exterior, simplesmente porque dominam a linguagem do cliente: mostre-me o seu produto de um modo divertido, leve e elegante.

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Parque da Cidade, Brasília, DF
Posted by Hello

13 maio 2005

Livro de cabeceira

Acabei de ler "A Águia Pousou"; um livro interessante, com uma boa estória. Lembrei-me que já havia visto o filme homônimo muitos anos atrás. Próximo da lista: "O Planeta do Sr. Sammler", de Saul Bellow, falecido recentemente.

12 maio 2005

Computadores antigos

Não estou falando daquele velho 586 encostado no quarto da empregada. Nem do IBM S/360 que um dia o seu professor de Fortran disse que usava na universidade. Estou falando de computadores realmente antigos, aqueles que foram feitos antes da invenção do transístor, antes da utilização da válvula eletrônica para a construção destes equipamentos, usando relês, motores elétricos, engrenagens, correias de transmissão, polias, eixos, resistores, capacitores, bobinas, quilômetros de fios e muita, mas muita imaginação e engenhosidade humana, tudo acondicionados em módulos funcionais do tamanho de vagões de trem.

Tais equipamentos foram usados em muitos países para atividades diversas, com sucesso e custos variados, de diferentes fabricantes e compradores. Tive a sorte de trabalhar, embora por pouco tempo, com uma máquina dessas no Jóquei Club do Rio de Janeiro. A nossa missão era substituir o venerável computador por uma máquina mais rápida, barata, flexível e com melhor suporte de peças e software; não que o velho computador não funcionasse mais, mas o estoque de peças estava no final (algumas eram feitas artesanalmente por pessoal do próprio Jóquei) e técnicamente não havia software, apenas firmware e não poderia ser reprogramado.

Durante algumas dias a equipe da qual eu fazia parte trabalhou furiosamente sobre esquemas elétricos, diagramas mecânicos, fotos, muita conversa com os operadores da máquina para substituir a antiga, mas somente o seu núcleo computacional e de controle, deixando parte do equipamento original intacta, permitindo ao nosso cliente manter a tradicional visão dos resultados das corridas para os apostadores. A substituição em si levou um par de meses para terminar.

Ganhei uma lição de vida ao ver as novas soluções de engenharia eletrônica funcionando lado a lado com as antigas; chips e microprogramação unidas com velhos relês de mercúrio e mostradores de fita analógicos, operados com tensões contínuas fornecidos por conversores trifásicos de centenas de kVA.

Prova suficiente de que quando quer, o conhecimento humano sabe aliar sem arestas o antigo com o novo.

110v x 220v

Dia desses, fui comprar uma multifuncional no supermercado aqui do lado e depois de escolher marca, modelo e condições de pagamento, levei o modelo para casa. Quando fui ligar, surpresa: era 110v, quando a tensão aqui (e na região inteira) é de 220v. Voltei no dia seguinte ao supermercado e quando reclamei por eles venderem produtos de 110v em uma cidade que é 220v, me disseram: "Mas todas as impressoras são 110v!". Dei uma risada e peguei a primeira HP que vi e mostrei a eles que era bivolt. "Mas esta marca (Epson) é tudo 110v", contra-argumentaram. Achei outra Epson bivolt e o argumento deles caiu por terra. "Porque não leva o equipamento e liga em um estabilizador ou no-break ?", o vendedor disse. "Porque não tenho e não vou comprar só para isso!", falei.

É estranho nesses dias fabricantes só terem modelos em uma única tensão, o mais comum é ser bivolt, até porque o custo adicional é baixo; mais estranho ainda é uma rede de supermercados nacional comprar equipamentos com a tensão errada em relação ao mercado local; só posso imaginar que existem interesses econômicos por tras de tudo isso, obrigando o consumidor incauto a comprar outro equipamento (estabilizador-transformador, no-break) quando na verdade ele não precisa. A famosa venda casada... A justificativa de outro vendedor me deixou pasmo: "Os fabricantes só fazem em 110v porque dura mais"...

Logo, quando forem comprar seus equipamentos, olho vivo se é bivolt (com chave ou automático), pois se for monotensão, se um dia voce mudar de cidade e a tensão for diferente, vai precisar de um transformador.

11 maio 2005

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Fim de tarde no Lago Norte, Brasília, DF
Posted by Hello

Livro de cabeceira

Atualmente estou lendo "A Águia Pousou" (The Eagle Has Landed,1975), de Jack Higgins; uma estória sobre um possível plano arquitetado nos últimos momentos da Alemanha Nazista, para tentar dar a volta por cima. Com a comemoração dos 60 anos da segunda guerra mundial no último domingo, vem bem a calhar. Na mesma linha ficcional, vi a alguns anos atrás "A Nação do Medo" (Fatherland, 1994), onde especula-se um rumo alternativo da história. Não deixe de conferir.

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Cachoeira na Chapada Imperial, Brasília, DF
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Pois é....

... não tive como resistir! Já que o Google Groups não mostra imagens inline (até onde sei), fica mais fácil postar por aqui.