27 maio 2005

A força de uma marca

Ontem fui assistir Star Wars III; certo, voce está saturado de ouvir falar no filme, não quer ler mais nada sobre a saga, etc. Mas não vou falar sobre o filme, para isso existem numerosos sites. O importante aqui é a força da marca, aquilo que os marqueteiros de plantão gostam tanto de enfatizar quando criam suas peças publicitárias. Sem o apelo da marca, uma empresa e seus produtos não seriam lembrados pelo consumidor de modo recorrente, como também não haveria a vinculação de um produto ao seu fabricante e a outras referências como qualidade e confiabilidade.

A força da marca impõe-se quando ao vê-la, não se pensa mais se o que está se adqurindo/consumindo realmente preenche as necessidades; quando ela (a marca) vira certeza de uma satisfação garantida; quando não necessidade de mais argumentos do vendedor para a realização da venda; quando o que importa é mais a embalagem do que o conteúdo; quando consumi-la trás status.

Os marqueteiros sabem disso e não poupam esforços para valorizar uma marca e depreciar a do concorrente; assim, os consumidores ficam a mercê de um mercado insano, em que todos apelam para os seus produtos garantidos por suas marcas preferidas, prometem a voce que terá tudo que sempre necessitou se comprar a marca correta. E os consumidores, perdidos nesse mar de informação e contra-informação, aderem a esta ou outra corrente sem saber muito bem porque aderiram.

É um fenômeno interessante de se ver, cria-se uma manada de pessoas que "elegem" um produto e/ou marca e a consomem sempre, sem ao menos raciocinar lógicamente ou questionar esta "sua" decisão; "escolhi porque o meu amigo tem", "a empresa me deu um brinde quando comprei", "perguntei para o sabe-tudo e ele disse que era bom", "é importado", são algumas das justificativas dadas para a escolha. E, quando são apresentadas justificativas técnicas para não se comprar/consumir o produto, a manada inflama-se e defende até o último gesto e opinião que a sua escolha é a correta.

O que poderia ser feito para não entrar na manada ? Não há resposta definitiva, mas um bom início seria formar juízo próprio sobre o que se está consumindo, averiguando fontes de várias camadas sócio/econômicas, tomando notas sobre experiências positivas/negativas, comparando opções e facilidades e, acima de tudo, desconfiando da propaganda oficial do produto/marca. O que o concorrente tem a dizer ? Como o produto de outra empresa mantem-se no mercado ? O que é bom para uma pessoa pode não ser bom para outra...

E porque fui assistir Star Wars III, se já sabia da estória até o final ? Oras, voce não leu o texto todo ? :-)

2 comentários:

Anônimo disse...

Você está ficando esperto !! Gostei da pegadina.

Anônimo disse...

Identidade, efeito natural da observação de um fenômeno.

Costume, efeito social sobre a observação da identidade de um elemento e das suas benéces.

Marca, efeito econômico sobre a sobervação do costume ligado a identidade de elementos.

Bom, e que tal o tempo?

Tá certo, para um indivíduo esta técnica de depuração nâo é lá muito boa, mas...